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Dons de Crepúsculo
Cantam puras, pela ribeira da serra;
Correndo para os vales, irisando o rosto;
Inebriando, com sua música, a majestade da terra
Em dons do crepúsculo, ao sol-posto
Máguas amantes da pobre silhueta;
Movem-se nos rostos da comoção...
Ludibriam o vizinho com palheta
Bailando, em suas bocas, um hálito de solidão
Não são as palavras tolas,
Nem mesmo sequer (ditas) se dizem então...
São só sombras, passeando pelas ruas
(Umas bem vestidas, outras, nuas)
Máguas?! ...
Só as conheço no coração...
***
Dons de Crepúsculo, nasceu assim: Simplesmente, como nasce a poesia, no Homem que se arruina
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antonioduarte
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