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DORMIR MAS ACORDAR CEDO




Dormir mas acordar cedo

 

Só acordas quando ela se levanta,

A tua vontade se atrasa e se agiganta,

Já não vais a horas da vontade ser satisfeita,

E assim me envergonhas por esta desfeita.

 

Jogo – te a mão ao pescoço e vomitas,

Pois atrasadamente te arrebitas,

Pois deixas – me às vezes envergonhado,

E ainda por cima deixas – me todo vomitado.

 

Não precisas de ficar nervoso meu palerma,

Ela é que precisa da tua arma soberba,

E também do meu orgulhoso orgasmo,

Em lugar do teu precipitado espasmo.

 

Vê lá se acordas cedo não te deixes dormir,

Deixa de ser preguiçoso e não a deixes fugir,

Para não ter que te jogar às vezes a mão,

E acelerares tanto o meu coração.

 

Vou dar – te mais uma oportunidade, um recado,

Vê se ficas bem alerta e em tempo acordado,

Encosta – lhe a tua cabeça seu vaidoso,

Se queres sentir um grande prazer, um gozo.

 

Depois vais entrando devagar, devagarinho,

Acompanhado de muito amor e carinho,

Para que o desejo e o prazer não seja só teu,

E vais sentir a reciprocidade que ela te deu.

 

Na recta final, vais entrando e saindo acelerado,

Mas aguenta, não fiques a ela adiantado,

Aceita estes ensinamentos que te dou,

E vais ver que no fim ficas cansado mas é bom.

 

Depois vais ficar orgulhoso de papo para o ar,

E ela de olhos lânguidos para te abraçar,

Possivelmente quer mais e tu já não podes,

Depois de a teres consolado, já não lhe acodes.

 

Mas não te importes já cumpriste o teu dever,

Para a próxima não te deixes dormir ao amanhecer,

Pois se a deixares escapar da tua cama,

Ficas agarrado à minha mão que não te dá fama.

 

 

Tavira, 17 de Novembro de 2010 - Estêvão

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domingo, março 10, 2013 - 13:00

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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