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E depois do adeus?
Digo adeus ao mundo cinzento da indiferença fria;
dos sorrisos falsos
e dos abraços de mentira.
Separo-me das discussões sem sentido,
dos gritos de angústia
e da violência aleatória do ego.
Deixo para trás a agressividade latente nas filas dos autocarros,
nos escritórios dos edifícios envidraçados,
debaixo dos tectos onde pais e filhos se cruzam.
Digo adeus às multinacionais gigantescas
que infinitamente estendem os seus tentáculos,
sufocando comunidades, nações,
números incontáveis de seres.
Despeço-me dos interesses
e das ambições;
divorcio-me dos medos,
dos rancores,
dos anseios e desejos,
rectrospectivas e perspectivas;
deixo para trás sonhos e intenções,
marcas, modelos e raças,
diferenças e semelhanças,
todos os prazos e projectos
acabados, por acabar, por começar ou planear.
Digo adeus a todos os rios conspurcados,
a todas as árvores decepadas,
aos ocenos enegrecidos
e às cidades obscuras
.Abandono o universo inteiro,
esqueço-me de galáxias e mundos,
da minha própria alma,
coração e espírito;
até do sonho de ser maior
ou alguém de todo.
Vede a minha alma a flutuar
para além de tudo,
muito mais além...
E agora?
Quem sou eu e para onde me dirijo?
Depois do adeus
a todas as coisas do mundo e de fora dele,
todas as coisas físicas e etéreas,
que caminho resta ao homem vazio?
Continuo aqui, há-de haver uma estrada a percorrer.
Onde me levará ela?
Na ausência de tudo o resto,
quem sou eu agora?
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