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Ecoalia

Suspensa no ar
como folhas de “pas- de- deux decadê”
quebram-se as trajectórias sem espantos.
Já não me pareço com ninguém
desde que te amo.
Um passo parido atraído,
a matar o ferido para salvar o morto.

Sou essa estranha criatura, erroneamente resolvida
Danço aqui, as coreografias atropeladas
misturadas nas sombras e as luzes da ribalta
perdidas da vida em decadentes soluçares.
Testemunhos de um bailado, totalmente irrisório do qual,
Confesso, nunca fui convidada.

Aqui me esforço à árdua tarefa de bailarina
“sem pontas que se lhe pegue”,
ao dar minha carne putrefacta ao corvo
na expectativa de registar e embelezar meus passos.

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quarta-feira, abril 8, 2009 - 21:44

Poesia :

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admin

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Comentários

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Re: Ecoalia

Já não me pareço com ninguém
desde que te amo.

Bonita frase.

bjo :-?

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Re: Ecoalia

Gostei da bailarina em pontas, mas sem pontas por onde pegar...

Beijo...

imagem de jopeman

Re: Ecoalia

Muitas vezes, por amor, arrancamos arduamente do nosso próprio ser todos os podres a que estavamos acomodados...lavando-nos.É qdo o esforço para agradar ao amado se volta para nós agradando-nos. Contudo, por vezes o resultado é diferente, tentamos ser algo que não há dentro de nós e o resultado dessa disparidade é um bailado totalmente irrisório... Mas no final o amor vale sempre a pena :-)
Bjo

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