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ENQUANTO HÁ TEMPO
ENQUANTO HÁ TEMPO
Quem sabe um dia,
eu te verei chegar sorrindo,
e toda essa angústia
que me sufoca e me deprime,
será apenas uma lembrança
de um passado já distante.
Quanto tempo ainda terei
que conviver com o coração ferido,
se tudo que eu preciso
é da tua presença
e isso eu não consigo,
porque a distância é
como um abismo,
intransponível e invisível,
e isto tudo não faz sentido,
porque eu te quero tanto
e tu não ouves o meu pranto.
Minhas lágrimas escorrem
por todo o canto.
E por mais
que eu reprima essa dor,
que me acompanha e que me fere tanto,
sinto que a tua ausência
fere mais que o silêncio,
que agoniza com o meu pranto.
Onde estás,
que não ouves esse lamento?
Só me diz enquanto há tempo,
porque o tempo há muito
por aqui passou e de neve
meus cabelos transformou.
Quando enfim me encontrares,
saberás que existiu alguém,
que por ti esteve esperando
e não mais encontrarás
esse coração suplicante.
No lugar dele, apenas um tampo,
encoberto pela poeira do tempo,
onde se lê com letras apagadas:
" Aqui jaz um coração que te amou tanto!"
Débora Benvenuti
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Comentários
Re: ENQUANTO HÁ TEMPO
Lindíssimo Débora, uma dor q arde nos olhos, se entranha em nós e nos contagia....
"No lugar dele, apenas um tampo,
encoberto pela poeira do tempo,
onde se lê com letras apagadas:
" Aqui jaz um coração que te amou tanto!""
Beijinho grande em ti!
Inês