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Eroticus I – O Banho
Coloca a sua roupa no chão frio,
Devagar e muito docemente;
Deixa ver o seu corpo esguio,
Belo, eterno, jamais sombrio,
Enquanto se despe alegremente.
Fica sobre a sua pele nua
O seu longo e louro cabelo.
Lá fora fica a eterna lua,
Iluminando a deserta rua,
Ignorando este quadro singelo.
Ficam os vidros embaciados
Devido aquela quente agua,
Onde mil sais são derramados
E onde os pés são mergulhados
E esquecida é a vil magoa.
Escorre a agua por entre a pele,
Todo aquele corpo é molhado.
Ai meu Deus! Que momento aquele
Em que tudo era impossível.
Mas que belo corpo desnudado.
Pegando num rosado sabão,
Que aquelas chuvosas lágrimas
Molhou e, com uma bela mão,
Entoando uma bela canção,
Foi lavando as partes intimas.
Esfrega os seus dois seios,
Tão belos e tão perfeitos,
Suficientemente cheios,
Sem nada que os fizesse feios,
Como nenhuns jamais foram feitos.
E sempre com a mesma cantiga,
Molhada em agua cristalina,
Que da sua pele é tão amiga,
Assim estava aquela rapariga,
Lavando a sua terna vagina.
E descendo alcançou as pernas,
Brancas, suaves, maravilhosas.
E, com carícias tão ternas,
Esfrego-as. Eram tão eternas,
Aquelas pernas tão espantosas.
E o sabão foi retirado
Com toda aquela agua corrente.
Todo aquele corpo molhado,
É cuidadosamente secado,
E a roupa vestida novamente.
Coberta aquela grande beleza,
Ficam apenas recordações,
Daquele banho duma pureza,
Que tudo tinha p’ra realeza,
P’ro nascimento de mil paixões.
A pele está coberta, vestida.
No rosto está ainda o sorriso
Daquela maravilhosa vida,
Onde só com tristeza sentida
Se perdia, assim, um paraíso.
24.10.1992
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