CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Escrevo o que ninguém escuta ...
Escrevo o que ninguém escuta eu dizer,
Se me manifesto pela saliva do nariz,
Salvo a consciência, perco-me no que digo,
Na memória e na forragem do umbigo,
A trajectória não tem leme, vagão ou rumo,
Escrevo “por-bem-dizer” o que conluio
Ser uma tela de superfícies cavas, expressando
O que é a face humana e manuscrita, não falando
Daqueles que não têm remédio comigo,
Os dias grandes não costumam se repetir,
É um facto, cabe a mim situar-me
No melhor lugar e pensar diferente
A cada minuto de dia, na galeria,
Na plateia ou no balcão para que
Esta pareça uma outra peça,
Sem me sentir prisioneiro do teatro,
Posso sempre sair para a praça,
Jogar matraquilhos ou assistir da bancada
Ao clube da terra, enormes são os dias
Que não se repetem, nem mesmo
Eu, repito-me escrevendo, concluí
Que sou um viciado em rotinas pequenas,
Pequenos são os meus dias e a rotina …
Escrevo o que ninguém escuta
Eu dizer falando. Venho de uma pequena
Ciência em que os dias são todos os tais,
Lá fora formaram-se coisas, grandes causas
Ao abrigo da conspiração das horas,
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura e meia
Altura de tamanho e peso, ninguém escuta
O que eu digo do umbigo e em roda dele,
Situo-o no meio-dia e eu em órbita do nariz,
Da saliva desvalorizada, vulgar, parda
Vida em que vivo sem me fazer ouvir…
Jorge Santos 07/2019
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2518 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Humano-descendentes | 9 | 1.204 | 06/21/2021 - 15:27 | Português | |
Poesia/Geral | "Phallu" de Pompeii! | 1 | 979 | 06/21/2021 - 15:27 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Deixai-vos descer à vala, | 1 | 1.468 | 06/21/2021 - 15:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Permaneço mudo | 1 | 1.157 | 06/21/2021 - 15:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os Dias Nossos do Isolamento | 1 | 1.310 | 06/21/2021 - 15:28 | Português | |
Poesia/Geral | Gostar de estar vivo, dói! | 1 | 684 | 06/21/2021 - 15:30 | Português | |
Poesia/Geral | Apologia das coisas bizarras | 1 | 937 | 06/21/2021 - 15:30 | Português | |
Poesia/Geral | Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, | 1 | 1.017 | 06/21/2021 - 15:31 | Português | |
Poesia/Geral | O lugar que não se vê ... | 1 | 807 | 06/21/2021 - 15:31 | Português | |
Poesia/Geral | Minh’alma é uma floresta | 1 | 779 | 06/21/2021 - 15:31 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pangeia e a deriva continental | 1 | 2.127 | 06/21/2021 - 15:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A simbologia dos cimos | 1 | 1.202 | 06/21/2021 - 15:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prefiro rosas púrpuras ... | 1 | 834 | 06/21/2021 - 15:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Por um ténue, pálido fio de tule | 1 | 1.195 | 06/21/2021 - 15:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Me perco em querer | 1 | 1.347 | 06/21/2021 - 15:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Epistemologia dos Sismos | 1 | 1.312 | 06/21/2021 - 15:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A sismologia nos símios | 1 | 1.040 | 06/21/2021 - 15:35 | Português | |
Poesia/Geral | Não passo de um sonho vago, alheio | 2 | 850 | 06/21/2021 - 15:36 | Português | |
Poesia/Geral | Cumpro com rigor a derrota | 1 | 944 | 06/21/2021 - 15:36 | Português | |
Poesia/Geral | Perdida a humanidade em mim | 1 | 880 | 06/21/2021 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Esquecer é ser esquecido | 1 | 1.459 | 06/21/2021 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | Na minha terra não há terra, | 1 | 1.543 | 06/21/2021 - 15:38 | Português | |
Poesia/Geral | Objectos próximos, | 1 | 2.489 | 06/21/2021 - 15:40 | Português | |
Poesia/Geral | Daniel Faria, excerto “Do que era certo” | 1 | 1.507 | 06/21/2021 - 15:41 | Português | |
Poesia/Geral | A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... | 1 | 1.762 | 06/21/2021 - 15:42 | Português |
Comentários
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura
Temem a desolação que habita
Temem a desolação que habita dentro
De mim, sem dúvida que sou pequeno,
Tudo em mim é noite escura