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Escritos sobre água- 1ª parte
Prelúdio:
Estranha sensação de ter morrido, a meio de um sonho entrecortado com afiado punhal.
Cena#1
Começa por um martelar tremendo nas têmporas, no coração. Um tremor frio em todos os nervos e ossos.
Cena#2
Deveria ter enfrentado o infame, o mandante do estrago, como uma guerreira: cara a cara, de punhal afiado na mão. Não ter deixado o sonho morrer.
Cena#3
Mas, primeiro é o in - expresso, o hermético absoluto, o poema jamais escrito, o verso jamais dito.
É informe incandescente que se forma, o seu arrefecer, o passar gota a gota ao sinal, ao som, no sentido decretado na convenção, na liturgia da palavra.
É a cena#4, o movimento burlesco, estático para libertar o sofrimento, a alegria, a fúria, o remorso e o medo.
Mostrar a forma apropriada na mais sórdida tempestade.
É a malícia, o compromisso, a cedência, a reconciliação com o mundo.
É a retracção, a apatia, a súplica, a poesia mais verdadeira.
é o silêncio ou o grito desumano.
É sibilino murmúrio do sangue fragmentado, obscuro lugar, profecia dos recantos atingindo o apogeu.
Cena#5
É mentira o inteligível ou verdade ulterior?
Oh alma fugidia, obscura!
Oh fundo tenebroso!
Cena#6
Escrevo sobre a água, onde penso ter recuperado a alma, achado as palavras, o tom, a cadência, derretido aquele nó dentro de mim.
Abro a mão e deixo cair o punhal ao mar.
Darei assim, razão e nome a toda esta dor.
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Poesia :
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Comentários
Re: Escritos sobre água- 1ª parte
espectacular!!!
Re: Escritos sobre água- 1ª parte
Um circuito de manutenção com muitos curto-circuitos de emoção e sentimento, até se ter girado o círculo da revolta, até à trégua na guerra com a perfeição…
Empolgante, mesmo!
Bj*
Re: Escritos sobre água- 1ª parte
Das muitas pessoas que tenho lido por aqui a sua poesia tem sido (indiscutivelmente) uma das que mais me tem surpreendido pela positiva.
Não vale a pena alongar-me muito. Abrevio o pensamento dizendo-lhe que está SIMPLESMENTE MARAVILHOSO ESTE SEU POEMA.
Bjs
Vóny Ferreira
http://vony-ferreira.blogspot.com/
Re: Escritos sobre água- 1ª parte
"Mais uma vez consegui sair do abismo!
Mais uma vez esqueci que sou apenas uma gota solitária
Que faz parte do oceano profundo da consciência cósmica
Que por muitos lagos que ocupe
Por muitos rios que transponha
Por muitas nuvens que beije
Por muita chuva que abrace
É ao oceano profundo que retorno
Como se exclusivamente e verdadeiramente
Só a ele pertencesse!"
Ana
Adorei os escritos sobre a água! Fez-me lembrar sonhos que tenho de forma sistemática e que também têm a ver com a água. Fiz há uns bons meses atrás uma poema sobre um desses sonhos! Ofereço-lhe parte desse poema aqui.
Um abraço de amizade e admiração
Re: Escritos sobre água- 1ª parte
Muito bem Maria:)
Ansiosamente esperaremos pela parte II:)
***