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A espera

A noite inteira olhando
Para o relógio fictício da parede de sua sala,
Os pés adormeceram e o resto do corpo começara a doer.
Ela deveria ter voltado às sete horas
Do dia anterior a este que vai nascer.

Balbuciando algumas palavras,
Uma espécie de prece vazando os dentes,
Meia dúzia de rosas repousam no jarro;
O jantar esfriara
E o vinho agora esta quente.

As janelas ficaram abertas
E a porta da frente destrancada.
A mesma canção se repetiu dezenas de vezes
Além da programada.
Sendo a lua de hoje, só um risco no céu
Manteve acesa a luz da escada.

O vento indiferente,
Promove um balé de cortinas esvoaçadas
Com Sombras de samambaia por toda casa,
Enquanto é fuzilado por um retrato impertinente
Se acabando em gargalhadas.

Se passaram mais de vinte anos,
Apesar do retrato, não há certeza de que tal mulher existiu.
O homem continua esperando
Ainda da mesma cadeira olhando
Para o relógio que ninguém nunca viu.

 

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quinta-feira, maio 5, 2011 - 23:14

Poesia :

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Edson Augusto Alves

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Comentários

imagem de MarneDulinski

A espera

É, dizem que o amor demais, enlouquece, parece que é verdade!

Meus parabéns pelo lindo texto,

Marne

imagem de Edson Augusto Alves

Causa as vezes reações

Causa as vezes reações maiores até que o próprio amor.Abraços

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