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Estado de desatenção provisório
Nos meus combates combati tenaz
Pelas bandeiras e versos, combati tenaz!
Eu vi meus passos deixarem rastros de sangue
Vi cores tremulando no alto. Eu vi a vitória!
Naqueles tempos de juventude sentia o gosto
Daquelas águas. Aquele vento era a chaga.
Eu vencia! Dos invejosos, a admiração
Por ser eu o dono do que eu queria.
Assim foi. Agora? Derrotado estou.
Agora estou. Onde estou?
Sou desalento. Onde vou?
Sou meu gemido; palavras e dor.
Estou calado. Falante aos ouvidos tácitos.
Lábios a vislumbrarem os tais passos de sangue.
Orgulho? Não sei se tive. Se obtive, deixei
De lado os corpos, as intervenções necessárias.
Eis que a morte caia ao meu lado!
Eu era supremo senhor de mim!
Invencível! Exército de muitos!
Eis que eu era o trono e a majestade!
Hoje sou resto. O que detesto é a lua que minguei
Para redefinir-me em poucas noites.
A cheia segue, eu sou estado.
O que detesto é a lua minguando rumo à cheia.
Estou desatento. Não sei a que poetizo.
Os versos que antes eram luta, agora é terreno ganho.
Tenho que aprender com a modéstia
Que modéstia é aprender a minguar-se!
Sei, não sei!
Não. Sei não sabendo que sei!
Sou desatento... Melhor, estou!
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Comentários
Re: Estado de desatenção provisório
"Sei, não sei!
Não. Sei não sabendo que sei!
Sou desatento... Melhor, estou!"
Gostei.
xoxo
Re: Estado de desatenção provisório
Parabéns pelo belo poema.
Um abraço,
REF
Re: Estado de desatenção provisório
Robson,
Poema de auto avaliação, aprendendo a conviver com o eu interior.
Belo poema
Cecilia Iacona
Re: Estado de desatenção provisório
LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
Marne