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Eu criança...

Sempre me achei esquisita,
meu avô me chamava de cabrita,
era bruxa, vidente
um pouco aflita.
Brincava de toureiro
com o porteiro,
comia batata frita
e bebia coca-cola,
meu sapato sempre
gastava a sola.
No meu cabelo não parava fita.
me chamavam de moça bonita,
( as vezes de louca cabrita)
Sempre tinha um prego, uma mola
um canivete cego,
guardado em uma caixola.

Também brincava de boneca,
roubava massa de panqueca
pulava elástico,
com sandália de plástico

Minha vida era uma aquarela.

Andava vestida de menino,
subia na igreja e puxava o sino.
caia da árvore,
beijava o primo,
corria livre no campo
em desatino,
vivia em cores,
nunca em branco,
sentia amores,
que passavam no tranco
( afinal eram só um encanto)
nunca ficava parada num canto.

Batia na porta,
e corria na rua,
Atirava com força,
pedra na lua.
Era brava, e boa de briga,
mas sempre era uma boa amiga.
Era aquela que sentava
no fundo,
falava, falava,
com todo mundo,
mas sempre bem me saía,
mesmo estudando na correria,
roubava escondida o sapato alto,
fazia corrida até cair o salto,
depois escondia atrás, no porão,
para não sentir o peso da mão
da minha mãe me chamando no portão.
-Quem foi que quebrou de novo
o salto do meu sapato novo?

Me perdia vendo o caminho,
morava mais na casa do vizinho,
era criança e era feliz,
minha alma, calma
ainda sem cicatriz.

Mas o tempo vai passando,
o mundo girando,
os olhos fechando,
para as flores do campo,
a vida vazia
sem tanto encanto,
se transformando em dia-a-dia
louco insano
em correria.

Mas temos que crescer
sobreviver,
se aquecer, se vestir,
comer,
se encolher,
não mais escolher
sorrir
apenas, multiplicar e morrer...
(Tanta complicação
nessa vida de uma só mão...)

Eu acho que não,
tenho em meu coração
uma certeza,
uma esperança,
que depois de velha,
se importância,
finalmente,
eternamente
volte para infância.

E poder falar bem alto
fui eu quebrei o salto!!!!

( afinal quem bateria em um velha poetisa louca correndo de salto e sem roupa?)

Retratos da minha vida...

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segunda-feira, agosto 3, 2009 - 17:38

Poesia :

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analyra

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Título: Membro
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Comentários

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Re: Eu criança...

Analyra, coisa boa ser criança, melhor ainda é crescer e levar dentro de si a eterna criança sapeca, serelepe guria de mil traquinagens, mas enfim feliz!! ë isso que conta.bjusssssss

imagem de PedroDuBois

Re: Eu criança...

Caríssima Ana, o passado pertence ao futuro: arraigado ou não. Somos nossos sonhos: virtudes e desacertos. O começo permanece. Obrigado pelo texto. Abraços, Pedro.

imagem de Tiger

Re: Eu criança...

"Sempre me achei esquisita,
meu avô me chamava de cabrita,
era bruxa, vidente
um pouco aflita."

;-) ;-)

bem te acho esquesita mas q és uma bela mulher q expressa muito bem poeticamente seus sentimentos

imagem de analyra

Re: Eu criança...

pois é miga...mas não resistes kkkkk...
beijos

imagem de Tiger

Re: Eu criança...

verdade, sabes que nao resisto aos teus encantos, a tamanha formosura e delicadesa em teus versos ;-)

imagem de analyra

Re: Eu criança...

uiiiiiiiiiii.
beijinhos no coração...hahhahahahaha
beijos miga...tanks for all... :pint: ;-) :hammer:

imagem de MarneDulinski

Re: Eu criança...

Analyra!
Lindo relato poético!

Eu acho que não,
tenho em meu coração
uma certeza,
uma esperança,
que depois de velha,
se importância,
finalmente,
eternamente
volte para infância.

E poder falar bem alto
fui eu quebrei o salto!!!!

( afinal quem bateria em um velha poetisa louca correndo de salto e sem roupa?)

PARA SERES CRIANÇA, NÃO PRECISAS ESPERAR ENVELHECER,
DENTRO DE NÓS TEMOS O NOSSO LADO CRIANÇA, É SÓ SOLTA-LO, CURTA-O É TÃO BOM...
QUANTO AO ÚLTIMO TÓPICO TE DIGO COM TODO RESPEITO, EU CORRERIA, AINDA MAIS ATRÁS DE UMA LINDA POETISA, COM CABELOS NEGROS E SOLTOS,CORRENDO DE SALTO ALTO E SEM ROUPA, E COM SUA CRIANÇA INTERIOR, SOLTA E FELIZ!
Marne

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