Fatal

Fermenta em mim um desejo
Uma raiva, fúria, um tédio
Mata-la, crema-la, esventra-la
A raiva a fúria esse tédio

Uma bomba relógio preste explodir
Choro, mato, grito, berro
Ninguém me quer acudir
Arranho o sangue e esfrego

De faca na mão prestes a esventrar
Todo e qualquer meta, a minha frente
Entranho os pés no chão
Entranho as raízes, esqueço o coração

Não serei gente mas emoção
Choro na fonte das lágrimas
Dão de beber aos mortos de solidão
Esfaqueio a vida para a essência da morte