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FOLHAS CAÍDAS
Folhas caídas
Luz da cor das folhas caídas tem o Outono,
Que caem no chão, inertes ao abandono,
Toda a gente as pisa enterrando a sua triste cor,
Que o Outono simbolizam, até perderem o amor.
Verde foi o seu nascimento e não sendo folhas perenes,
Tornam – se folhas secas e castanhas pelos seus genes,
Todos os Outonos nascem, vivem e morrem,
E pelo chão donde nasceram se consomem.
Pela Natureza assim foram concebidas,
De verdes e viçosas, passam a folhas caídas,
Iluminadas pela luz mortiça do tempo,
Elas não resistem a um pequeno sopro do vento.
Jardins de lindas flores, atapetados de folhas apagadas,
Cobrem o chão para serem sempre pisadas,
Os olhos nem se apercebem que elas perderam a vida,
Para depois serem misturadas com a terra perdida.
Folhas caídas são folhas tristes da indiferença,
Dos passos que as pisam sem sentido de presença,
Outras levas – as o vento para o nada desconhecido,
Que pertence ao mundo onde nada está esquecido.
Na Primavera novas folhas tornam a nascer,
Trazem o brilho da vida, com o destino de morrer,
Assim é o destino das folhas caídas,
Que ora se encontram, oram ficam vencidas.
Tavira, 17 de Junho de 2009 – Estêvão
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