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Folhas mortas (tributo a Chico Mendes)
O vento corta a quente manhã,
E levanta as cinzas, restos do nada
Como que tenta apagar os vestígios
do castigo imposto pelo fogo.
Grossos troncos enrugados
aprofundam suas raízes,
e desafiam homens e máquinas,
com suas vorazes moto-serras.
Brotará outra vez a árvore?
Sangrada, em leito de morte
Decerto morrerá e dará abrigo
às formigas, tatus, cupins...
A ganância humana
abre clareiras na floresta
pelo garimpo, soja, cana ou gado
vai o homem impunemente desmatando
A boca entreaberta na cena
esperada, na morte anunciada
do líder dos seringueiros
e dos empates: Chico Mendes
Estático na cadeira
recebo a notícia da queda
de um ser-floresta
guardião do planeta
Mal consigo respirar
Antevendo o que no futuro virá
Na voz rouca da sede da terra nua
Desnudada, sem cobertura verde e rios
Ah, esta insanidade capital
junto a uma impunidade federal
Quantas vítimas inda tombarão
neste cenário de grilagem e destruição?
AjAraújo, o poeta humanista expressa a sua indignação com o brutal assassinato do líder ambiental e defensor da Floresta Amazônica: Chico Mendes.
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Comentários
Uma bela homenagem poética a
Uma bela homenagem poética a um grande homem com uma alma grandiosa e como estamos carentes de Chicos Mendes e infelismente o número de destruidores da nossa floresta aumenta cada vez mais...
Gostei muito de ler!