Fotografia da Minha Alma

Hoje quando acordei, apeteceu-me fotografar,  sinto este desejo de trabalhar numa fotografia, coisa que já não faço há muito tempo, mas, queria fotografar algo diferente, algo, que sentisse dentro de mim, algo que se tornasse numa obra-prima. Pensei uma, duas vezes, e finalmente um clarão forte se fez dentro de mim, em meu espírito, e foi aí que pensei…. Vou fotografar minha alma. Porque não? Se o pensei, melhor o fiz, tirei tantas fotos e separei uma a uma, para analisá-las melhor. Sentei-me aqui na cadeira da mesa de jantar, peguei nelas, espalhei-as todas em cima da mesma, e que vejo eu? Um conjunto de cores, em cada uma, havia um arco-íris, de cores diferentes. Umas, em tom de vermelho, fogo, nelas, vi a paixão, noutras vi azuis, verdes, a calma, a serenidade, noutras vi uns tons de negro, cinzento, a revolta, a solidão, os pensamentos negativos, e noutra ainda a mistura de todas elas. Foi nessa mesma foto, que dei maior atenção, com muita paciência, consegui separar cor a cor, apaguei as que não condiziam comigo, mas que hoje faziam parte de mim, e que me diziam realmente quem eu sou. 
Deixei os azuis e os verdes, e em cada um deles, eu vi o meu mar, os meus sonhos, as minhas ilusões de menino, de criança, de adolescente, meus anseios de sere humano e tive tanta saudade dessa alma, tão calma e tão bonita. Pensei no dia de hoje, nas baboseiras que fiz, que disse, que expressei e olhando para essa foto disse: - chega…basta... Eu sou o que DEUS quer que eu seja, o que DEUS diz que eu sou, não, o que eu quero ser. Fiz CTRL + DELETE e apaguei as horas amargas, apaguei meus gritos mudos, meus silêncios amargos, meus tormentos, minhas desilusoes passadas, minhas incertezas da vida, meus pensamentos sem sentido, e senti-me num mar lindo, coberto por um lençol de chuva, que irradiava minha alma, necessitada de coisas bonitas, sedenta de serenidade usando as regras da vida que DEUS me ensinou.

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