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Fugir nem pensar

Estou no meio de uma fagulha.
Dentro, não tenho muita escolha.
Desvairado tiro essa rolha.
Caio de cara na luta.
Sem meias perguntas
me atiro na bruta.
Ganho meu ponto na justa.
Peço aqui uma ajuda
àquele conhecedor da labuta.
Num certo perdão comovente
deixar-me gritar estridente.
Por quem me deu de presente
um todo depois muito ausente.
Futuro não mais reluzente.
Por hoje, um pouco carente.
Não enjôo, o contexto é parente.
Nesse palheiro não tem mais agulha.
Nesse choro me sobra vergonha.
Desse perdão, disponha...
Nesse clarão, permaneço na gruta.

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sexta-feira, abril 16, 2010 - 04:56

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Felipe_oceano

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