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Futur(a)mente português Uma visão à antiga e actual moda portuguesa (ensaio sobre um futuro... pessimista)

Quem não tem um medo de morte do fim do mundo?

A quem interessam as desgraças alheias, o padecimento dos povos, a angústia da voz, a ruptura das mentes, não crentes, físicos moimentos, dependentes no entendimento?

Certamente que a ninguém.

Somente as suas desgraças e o seu próprio sofrimento importam.

É puro egoísmo! Não é ficção! É a pura realidade sem ilusão.

Esse futuro que está já ali, como se poderá alterar? Como se poderá melhorar um sentimento e transmitir uma acção de benevolência a todos os que vivem no presente (em que as mentes doentes permanecem num passado longínquo,perturbador e sombrio)?

Como se poderá adoptar o melhor quando a adaptação é um mero comodismo.

Ninguém quer saber... do estado do outro... do estado da política, da economia, da sociedade... ninguém quer ser responsável pelas suas responsabilidades, ...,ninguém quer saber do que faz e, faz nos outros que o abarcam.

Quem não tem um medo de morte do fim do mundo?

E, por isso, não se recicla, não se respeita a natureza ou animal... não se é sensível e se combate o homem que se diz verbal. Que se diz ter o verbo a seus pés e ainda assim o esborrachar. Esmiuçar, esmiuçar, para mais nada restar.

Respeita-se somente o egocentrismo puro e malevolente, enraizado no pensamento humano.

O futuro!

Que futuro?

É mais fácil o suicídio.

Mais um dos temas tabu... que necessita de ser falado, contado e abordado... nas escolas?

Intervenção primordial!

Corajoso é aquele que ao se deparar com um problema, o faz parecer medíocre ao ultrapassá-lo.

Fracos são todos, em determinada altura da vida.

Um suicida não necessita mais ou menos do que qualquer outra pessoa de tratamento interventivo ou medicação... apenas necessitamos, todos, de intervenção do amor. Da compaixão, de alguém que dê a mão e compreenda.

Fora da realidade? Que realidade? Nunca a minha foi igual à tua. Porque te consideras superior a mim achando que a tua realidade é verdadeira e a minha não?

Que realidade é essa que os ditos normais pensam erradicar com tratamento?

Que realidade é essa que os padrões da normalidade nos dizem que é normal para que sejamos livres de pensar que o somos?

Parece-me que depende da perspectiva, não?

Não somos fracos, doentes, corajosos, loucos ou desesperados... somos antes humanos!

Por isso, no futuro vislumbra-se o suicídio da humanidade.

E ao suicídio dão-se nomes variados: ódio, guerra, egoísmo, individualismo,corrupção, ignorância e incompreensão, solidão, desrespeito, desunião.

Futuro!

Que futuro?

Se nós vivemos o presente como quem não vive mais dia algum. Gastando por aí além num consumismo tresloucado... sem nos preocuparmos com... o futuro. Se o pouco tempo das 24h que hoje temos não nos chegar, nem para começar... a pensar... em complexificar o que é simples... para nos sobrar para amanhã... para podermos pensar, novamente, e debatermos com outras cabeças vãs que como é possível que24h não possam ser 25?... Hã?

O futuro... não existe... somente o fim do mundo, esse sim! Que medo nos mete.

Se nós vivemos com o calor farto do sol e não nos preocupamos em suavizá-lo.

E, depressa nos cansamos... que calor!

Se quer é chuva e o frio!

Se nós vivemos sem poupar a água, forte da chuva, símbolo da tristeza de uma terra insana. Lágrimas que correm, rolam e lavam por entre entulhos, de barreiras criadas pelo homem, de habitações erraticamente construídas, superiormente permitidas; do descalabro da irresponsabilidade de quem zela pelos esgotos e outros sítios tais, que só são vistos quando essa chuva cai.

E,depressa nos cansamos do frio e da chuva!

Se quer é o sol e o tempo quente!

É essa mediocridade e frustração dos povos que depressa se fartam do minuto que foi e nada fazem para o minuto que virá... apenas apontam o dedo... ao outro... que esse é que tem o dever de fazer, de saber, de agir... enquanto no comodismo e absentismo vivem.

Futuro...que futuro?

Se o passado recente se inunda de imundice, se abre e enterra apóstolos e não apóstolos, se fecha e sepulta errantes e não errantes, se eleva e consome ousados e oprimidos, se enrola e tritura vazios; essa natureza que reclama todo o direito que tem.

Fala-se do fim do mundo... ui... ai... que medo!

Medo de que morra a hipocrisia, o egocentrismo, a desonestidade, o cobardismo e o fanatismo!

Que morra o julgar do outro para esconder das minhas fraquezas.

Que morra a ignorância que comanda os povos e oprime a inteligência, somente porque é diferente e provoca confusão. Porque até mesmo que seja melhor, não pode, NUNCA, ter razão.

Que morra a indiferença e o fingir que não se vê; o snobismo e o consumismo; a safadice e a agressividade; o desrespeito e o despeito; ... para ficar acima da igualdade ou desigualdade, sei lá!

Se se aniquilarem no fim do mundo estas idoneidades, que morram todas, se faz favor!

Precisamos de outras, mais ridentes, mais esperançadas, mais acertadas e prementes.

Precisamos de amor, de compaixão, de tolerância e compreensão.

Precisamos de igualdade na diferença, individualidade e não individualismo,impulsionadores e não conformismos, fazedores e não faz de dores (de cabeça a outros), artesãos de ideias concisas, concretas e precisas, de educação e dedicação, de respeito e mansidão.

Precisamos...de pessoas ímpares, incomuns e invulgares, para fazer desta imensidão de agnosia um novo pensar de existência.

O futuro que aí se avizinha...

Não é triste nem risonho.

Não é de mais nem de menos.

É aquilo que nós fizermos e, a continuar assim, ... que medo do fim do mundo!

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domingo, setembro 19, 2010 - 16:15

Poesia :

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Carmen

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