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Gatos-de-algália
Nossa!
Como são bons os aromas perfumais das doces pequerruchas das praças!
Poderíamos morrer agora já que nossos narizes prontos estão,
Até que enfim saciáveis.
Não olhes nunca mais as sombras dos outros.
Apartaram-te com lastimosos gritos do alto do longe
O que resta!
São,
Deliciosos aromas gatos-de-algália
Ficam, perduram, persistem...
Fiam vaidades decepadas como profundos rostos que não dizem oi.
Advinhações não pregam cristos em cruzes,
Tu jamais terias armaduras brilhantes de espíritos,
Já que o seu! Seu não mais é,
Quando sem perceberes,
Do jeito que gestos fogem dos olhos
Tu vendeste ao demônio apavorado o seu significado
Veias torpes – caminhos do sangue pleno.
Objetar o que real não há
O que há, são brancuras nos dedos
Haja vista corpos de desertos infelizes barcas timbradas
Pela ampulheta feita de cheiro a contar.
Almíscar na pele do desejo sem face
Mio sofrido
A chiar nas esquinas.
Apertas suaves caudalosas searas,
Na lástima de ser toda a Cachimira
Tardes não esperam mais ninguém,
Músicas não encontram mais nenhuma alma
Somente perfumes têm gatos-de-algália.
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