CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Gosto quando te calas (Pablo Neruda)

Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.

Pablo Neruda, poeta Chileno.

 

Submited by

sábado, julho 30, 2011 - 16:00

Poesia :

No votes yet

AjAraujo

imagem de AjAraujo
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 6 anos 29 semanas
Membro desde: 10/29/2009
Conteúdos:
Pontos: 15584

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of AjAraujo

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Videos/Música Psalm! (Jan Garbarek) 0 3.682 09/02/2011 - 03:11 inglês
Videos/Música Litany, from Officium Novum Album (2010) (Jan Garbarek & The Hilliard Ensemble) 0 3.545 09/02/2011 - 02:55 inglês
Videos/Música Parce mihi Domine, from Cristóbal de Morales - 1500-1553 (Jan Garbarek & The Hilliard Ensemble) 0 8.748 09/02/2011 - 02:49 inglês
Poesia/Amor Aceitar-te 0 1.796 09/01/2011 - 23:34 Português
Poesia/Arquivo de textos Álcool, carro, velocidade e o poder – uma combinação funesta! 0 1.485 09/01/2011 - 22:56 Português
Poesia/Soneto A viagem 0 2.264 09/01/2011 - 20:37 Português
Poesia/Amor A razão de ser da rosa 0 560 09/01/2011 - 20:33 Português
Poesia/Amor À menina dos meus olhos 0 662 09/01/2011 - 20:30 Português
Poesia/Amor A lua ressurge 0 500 09/01/2011 - 20:26 Português
Poesia/Amor A dama e o cavaleiro 0 1.997 09/01/2011 - 20:21 Português
Poesia/Amor Ausência (Jorge Luis Borges) 0 1.256 08/31/2011 - 15:25 Português
Poesia/Fantasia Nostalgia do presente (Jorge Luis Borges) 0 1.684 08/31/2011 - 15:22 Português
Poesia/Aforismo Um sonho (Jorge Luis Borges) 0 538 08/31/2011 - 15:20 Português
Poesia/Aforismo Inferno, V, 129 (Jorge Luis Borges) 0 889 08/31/2011 - 15:18 Português
Poesia/Dedicado Os Justos (Jorge Luis Borges) 0 1.636 08/31/2011 - 15:16 Português
Poesia/Dedicado Longe (Cecília Meireles) 0 1.054 08/30/2011 - 20:54 Português
Poesia/Intervenção Desenho (Cecília Meireles) 0 1.174 08/30/2011 - 20:50 Português
Poesia/Intervenção Cantiguinha (Cecília Meireles) 0 854 08/30/2011 - 20:42 Português
Poesia/Intervenção Ó peso do coração!... (Cecília Meireles) 0 1.001 08/30/2011 - 20:40 Português
Poesia/Amor Imagem (Cecília Meireles) 0 688 08/30/2011 - 20:29 Português
Poesia/Arquivo de textos Biografia: Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), poetisa portuguesa 0 3.197 08/30/2011 - 10:41 Português
Poesia/Aforismo Porque (Sophia de Mello Breyner) 0 513 08/30/2011 - 10:33 Português
Poesia/Meditação Liberdade (Sophia de Mello Breyner) 0 784 08/30/2011 - 10:25 Português
Poesia/Intervenção Poesia (Sophia de Mello Breyner) 0 654 08/30/2011 - 10:22 Português
Poesia/Dedicado Esta Gente (Sophia de Mello Breyner) 0 1.162 08/30/2011 - 10:19 Português