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Grito de libertação

Grito de libertação

Maldito poeta, filho da gênese do absurdo
E amante da loucura do indefinido
Abre tua boca casta e teu coração profundo
E te libertas deste exílio.

Tua terra ainda trás primores
Como trás conceitos de além-mar
Por ventura perdeste amores
Para neste inferno avulso naufragar.

Teu grito não foi tão nobre
Pouco menos foi plebeu
Das classes, a mais triste; a pobre
Foi a que te acometeu.

Regurgita esta sinfonia maldita,
Este sopro errante e fúnebre
Antes do aportar do meio dia
No trópico de câncer.

Sim. Vão matar a cachorra baleia
Ao meu dia de um tarde de verão
Em plena revolução industrial
No ABC paulista.

Mas fecha tua boca, a revolução passou
Assim como os conceitos dos clowns de Shakespeare
A bossa nova, a pós-modernidade
E só ficou o caos.

As metrópoles não param
As ruas ainda ouvem os zunidos dos pirilampos
Dos poetas noctívagos a moda ainda
Dos poetas sem poesia.

A língua ainda não morreu e a escrita ainda existe
Apesar de instantânea como o pós do pós-moderno
E vaga vacilante como o pensamento de um pobre homem
Em pleno terminal do Siqueira às seis da tarde.

Faltou poesia? Ou a poesia dormia?
Creo que não. A poesia é séria demais
Talvez oculta nos seios de uma bela moça
Que sequer alguém consiga notá-la
Que sequer alguém ousou desvendá-la.

Submited by

sexta-feira, abril 30, 2010 - 22:08

Poesia :

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ntistacien

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Comentários

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Re: Grito de libertação

Talvez oculta nos seios de uma bela moça!!!

Talvez sim!!!

:-)

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Re: Grito de libertação

Olha está muito bom teu grito , teu brado , teu não ao conformismo.
Maldito poeta, filho da gênese do absurdo E amante da loucura do indefinido Abre tua boca casta e teu coração profundo E te libertas deste exílio.
Parabéns
Abraços
Susan

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