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Grito do povo
O cortejo saiu à rua
a monarquia desfilava
com seu ar pomposo,
entre veludos, sedas e coroas.
O povo com seu ar cansado
e pouco aconchegado, de pés descalços
os viam desfilar.
As mãos cheias de tudo...
outras cheias de nada.
No fim do desfile,
a democracia de bandeira hasteada
onde se antevia liberdade,
o desfile monarca terminou,
eis o lugar da democracia
que desfilava e proclamava
igualdade entre iguais.
O povo trajava novas vestes de ilusão.
As mesas extensas com manjares abastados,
outras cheias de coisa alguma.
Entre sorrisos forçados,
fitas cortadas e palmas ensaiadas.
Eis as diferenças...
As mãos cheia de tudo...
outras cheias de nada.
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Comentários
Re: Grito do povo
As mesas extensas com manjares abastados,
outras cheias de coisa alguma...
Um poema com arte, razão e sentimento!!!
:-)
Re: Grito do povo
Ola Ana, é um prazer vê-la por aqui.
Lindo este seu poema. Parabéns
Eis as diferenças...
As mãos cheia de tudo...
outras cheias de nada.
Entre o tudo e o nada há sempre um todo maior
Dolores
Re: Grito do povo
Um poema de todos os reinos e de todas as eras.
Gostei.
Bjs
Re: Grito do povo
O grito do povo é uma arma que pode ser decisiva quando usada com o devido objectivo.
Interessante AnaCoelho!!
Beijo