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GUERRA DOS SEXOS
Tempestades escrevem percalços inóspitos
nas asas quentes de uma panela de revoltas cruas.
Aluviões espreitam nas canções das lágrimas.
Nevões caem através dos olhos descascados
por infame voz de murmúrios arruaceiros
em tons sépia.
Raivas somam noites
subtraídas ao destino de rotundas
por onde vai fugidia a carne alheia
ao silêncio que o amor cala.
Mentiras apoiadas em bengalas de fogo
descosem cicatrizes na ópera do escuro
onde as mãos coçam vultos de pé atrás.
Tristezas tecidas de ervas daninhas,
crescem insensatas num xaile de fado
que envolve de inverno pitoresco
o recôndito da alma.
Caminhos de adeus
inquietam a cor desfeita
que enfeita o fim do sentir distâncias
entre nós e nós próprios.
Leis infiéis trepam insólitas o olhar,
multiplicado de dor que divide o poema
por aldeias sem eira por onde a claustrofobia
da inspiração malha o tempo.
Gritos bailam em ruas amargas
ao som de violinos escorraçados
da vista da lua num eclipse sufocado.
Mortes protestam façanhas estranhas
nas marés pelintras onde orlas se acercam
de entranhas com ventos desnorteados.
Sombras sugam palavras hirtas
na guerra dos sexos em rito impugnado
por aquiescências moribundas
nos corpos desunidos.
Por despir.
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Poesia :
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Comentários
Um poema ímpar ... Quando
Um poema ímpar ...
Quando os corpos se estranham ,causam
esse estrago todo ...
Muito bem feito ,parabéns!!!!
Beijos
Susan
Mestria
Henrique,
Claustrofobia é coisa que não sinto ao deixar-me enredar dentro da tua excelente poesia.
Beijo
Nanda