CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
HOLOCAUSTO
HOLOCAUSTO
Jorge Linhaça
O apito do trem gela-nos a alma...
quantos mais chegam ao matadouro?
o ruido das botas dos soldados correndo,
o trem para...a abençoada ignorância de
alguns ...o olhar de terror de outros...
Hoje a fumaça subiu novamente pela chaminé
dos fornos...o cheiro da carne queimada...
somos todos oferendas a serem imoladas e
oferecidas em holocausto ao deus da Guerra.
Rajadas de metralhadora...alguém tentou correr.
Mais torturante que a morte é a espera...
não saber quando chegará nossa vez...
A montanha de corpos esqueléticos se avoluma..
O abatedouro é reabastecido...
Mais que o corpo debiltado, é a alma que carece de esperança...somos gado represado...
Curral de seres humanos famintos de liberdade,com sede de alguma esperança...
O dia prossegue, cinzento como todos os dias...
as nuvens negras pairam-nos na alma,
Nosso crime?
Sermos diferentes, crermos diferente...
Marcados como gado na própria pele...
somos apenas números...sub-humanos...
Chegou minha hora...caminho em fila...
Penso correr...para que ?
O odor fétido se torna mais intenso...
os fornos aguardam como a boca escancarada do inferno...
Adeus!
Liberdade enfim...
Minhas cinzas, sopradas pelo vento, se misturarão às cinzas de tantos outros...
ironicamente reunindo e amalgamando um povo,
me dispersarei em fumaça...e quando ascender aos céu, terei ainda a atroz visão desta última, mas não derradeira morada, onde ao adentrar,
vi escrito em alemão:
"O trabalho liberta"
Até breve...voltarei em forma de lágrimas,
quando o rocio da noite vier tocar teu rosto.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1057 leituras
other contents of Jorge Linhaca
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | Reeducação Alimentar | 0 | 845 | 05/29/2011 - 21:34 | Português | |
Poesia/Geral | Prosopopéia | 0 | 1.555 | 05/29/2011 - 21:32 | Português | |
Poesia/Geral | ONOMATOPéia | 0 | 1.359 | 05/29/2011 - 21:31 | Português | |
Poesia/Geral | GIRIGOTISMO | 0 | 843 | 05/29/2011 - 21:27 | Português | |
Poesia/Geral | GIRIGOTISMO | 0 | 745 | 05/29/2011 - 21:27 | Português | |
Poesia/Geral | ONOMATOPÉIA | 0 | 2.792 | 05/29/2011 - 21:25 | Português | |
Poesia/Geral | colisão | 0 | 998 | 05/29/2011 - 21:24 | Português | |
Poesia/Erótico | CALIPÍGEA | 0 | 10.297 | 05/29/2011 - 21:23 | Português | |
Poesia/Amor | Farol da Paixão | 0 | 897 | 05/29/2011 - 21:21 | Português | |
Poesia/Dedicado | Sangue Lusitano- Rondó | 0 | 1.190 | 05/29/2011 - 21:17 | Português | |
Poesia/Canção | O Cravo e a Rosa | 0 | 1.638 | 05/29/2011 - 21:16 | Português | |
Poesia/Fantasia | O Caranguejo e a Sereia | 0 | 1.002 | 05/29/2011 - 21:14 | Português | |
Poesia/Desilusão | Pontes Partidas | 0 | 629 | 05/29/2011 - 21:12 | Português | |
Poesia/Fantasia | Ó Ninfa Esperança | 0 | 726 | 05/29/2011 - 21:11 | Português | |
Poesia/Meditação | O Gênio Engarrafado | 0 | 1.038 | 05/29/2011 - 21:09 | Português | |
Poesia/Meditação | O Bom Pastor | 0 | 832 | 05/29/2011 - 21:07 | Português | |
Poesia/Amor | Meu corpo no teu corpo | 0 | 1.016 | 05/29/2011 - 21:06 | Português | |
Poesia/Geral | Filigrana | 0 | 1.390 | 05/29/2011 - 21:03 | Português | |
Poesia/Meditação | Caminh'agora Rondó | 0 | 859 | 05/29/2011 - 20:59 | Português | |
Poesia/Alegria | Beira Mar | 0 | 1.201 | 05/29/2011 - 20:56 | Português | |
Poesia/Amor | VERSOS AO MEU PAI | 0 | 1.343 | 05/29/2011 - 20:46 | Português | |
Poesia/Meditação | Senhora dos presságios | 0 | 738 | 05/27/2011 - 22:11 | Português | |
Poesia/Alegria | Borboletas | 0 | 882 | 05/27/2011 - 11:59 | Português | |
Poesia/Meditação | Banho de Chuva | 0 | 956 | 05/27/2011 - 11:55 | Português | |
Poesia/Fantasia | A Viagem | 0 | 619 | 05/27/2011 - 11:54 | Português |
Add comment