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A Iinfancia debaixo da lingua
Não sou eu que vou meter a infancia debaixo da lingua, hei-de desatrelar a minha revolta, pois não tenho o discurso aqui á mão, se fosse suficiente esmurrar a fronha da almofada não veriam vocês o episódio triste de uma familia ensanguentada a sujar de sangue os meus livros mais preciosos como é o caso da lista telefónica onde aparecem aqueles nomes de merda. Toda a pornografia nacional está ai representada, os pseudo intelectuais deste pais tem o nome a começar por 69. Ontem andei a vasculhar nos caixotes do lixo, passou um intelectual e eu disse. Ó pá abre a boca e depois tirei uma lata de sardinhas e uma revista de meninas. Agora vou dormir, amanhã volto a bater no mundo.
lobo
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Comentários
Re: A Iinfancia debaixo da lingua
Bom poema, gostei de ler! :-)
Re: A Iinfancia debaixo da lingua
A tua escrita é especial e irresistível (ponto)