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Imagina-me
E ouvirias os sons
Da minh’alma que chora
Num beco perdida
À procura de nada
E de tudo
O que este amor
Já inventou
(Queria tanto dizer-te
Que o sonho marcou
Esta viela que já cantou
E no silêncio se afundou)
Imagina-me nesta loucura
Um sorriso que em ti ficou
Tempo nosso
Em que fui desejo ardente
Caminhante no teu corpo nu
È na vigília da tarde
Que esboço um sorriso meu
Esta densidade mórbida
Reflexo do meu olhar lacrimejante
É esta fuga constante
Que me faz ser permanência
Em ti e em mim
Resta-me um único tempo de verdade
O da esperança molhada
Num único beijo
Em vão, sofro
E o nada é já tudo
No meu corpo desnudo
Na inerte madrugada
À espera de Ti
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ÔNIX
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Comentários
Re: Imagina-me
Que GRANDE momento
Que voz encantadora numa poesia duradoura
Que distinto e prazeroso momento de te ler
Gostei bastante Onix
Re: Imagina-me
Ônix,
Imagino-te presa no peito de quem ama a verdadeira poesia!
Abraços, estes repletos de saudade,
Robson!