Imagine... # 01

Imagine...
nossos corpos no escuro...
se tocando, de leve.

As pontas dos dedos
percorrendo...
procurando.

Sensações sendo despertadas...
suor...
ereção...
arrepios.

Fogo...
percorrendo tudo.

Formas
se encaixam...
se modelam...
se adaptam.

Mãos
explorando...
à procura de mais.

Estão em pé, os dois...
se roçando.

Bico dos seios.
Membro ereto.
Bocas ansiosas.

Ela sobe em cima dele
e o cavalga.

Uma das mãos dela, toca o seu membro...
tateando...
reconhecendo...
guiando ele para dentro dela.

Ela leva o rosto dele para o seu seios
e se força na sua direção...
um pedido silencioso, que logo é atendido.

Ele chupa os seios dela,
como se estivesse mamando do peito da mãe.
Primeiro, um... depois, o outro.

Ela segura a cabeça dele
e a empurra para baixo.

Passando pelo umbigo...
os primeiros pelos...
descendo...
descendo.

Quando ele chega aonde ela quer,
ela se esfrega na sua boca.

Ele chega devagar...
ela o guia.
Ali, no escuro...
sozinhos.

Ela faz amor com a boca dele...
até doer...
até arder...
até que tudo brilhe.

Cabeça para trás.
Espasmos pelo corpo.

Arfando...
gemendo...
gozando...
ali no escuro.

E então,
ela se esfrega no corpo dele,
deixando um rastro de Amor
aonde o sexo dela o toca.

Ela busca a sua dureza.
Primeiro, ela o segura entre as mãos...
depois o arregaça,
até que ele sinta uma leve dor.

E nesse momento
de dor e prazer misturados,
ela o devora.

Primeiro, bem devagar.....
passando toda a língua por sua extensão.

De baixo para cima...
de cima para baixo.

Ela arregaça o membro mais.
E então, sentindo o membro pulsar forte,
ela o põe todo dentro da boca
e faz amor com ele assim.

Ela o empurra contra a parede
e o suga, com vigor.

Ele começa a gemer
e empurra a cabeça dela para trás,
sentindo a onda quente que está por vir.

Mas ela não o deixa.
Se agarra fortemente nas suas pernas,
enquanto ele se contorce.

Ela não para.
Ela o chupa,
como se a sua vida dependesse disso.

Desesperadamente.
Vigorosamente.
Até que ele soluça.

E ali, no escuro do quarto
ele goza.

Ela sente o jato quente na boca
e não deixa que nada se perca.

Ele está encostado na parede, trêmulo.

Ela só o larga,
quando sente o membro amolecer na sua boca.

Exaustos, vão para o banheiro...
tomam banho juntos.

Ali, depois que se descontraem,
o fogo recomeça.

Ela agora está em pé,
embaixo do chuveiro....
com as mãos na parede.

Ele se agacha
e encosta a cabeça dura
na sua boceta.

Ela rebola
cada vez mais.
Ela se empina
para que ele possa entrar
mais dentro dela.

A água cai nas suas costas,
aumentando ainda mais o prazer.

Ele dá estocadas
cada vez mais fortes.

De repente
ela se vira.
Ele a levanta no colo
e a penetra de frente.

E assim a ergue
e ainda dentro dela,
a leva pra cama.

Ele abre bem
as pernas dela
e mete bem fundo...
cada vez mais forte.

Agora, ele está pondo
tudo dentro dela...
e o deixa lá dentro
forçando mais e mais.

Tira tudo de uma vez e então
enfia com força...
e repete os movimentos,
até que ela se revire toda na cama.

As mãos dela,
puxam os lençóis com força.
Ela vira a cabeça de lado,
mordendo o travesseiro.

Ele deita em cima dela
e enquanto fazem amor,
ele morde o seu pescoço...
lambe a sua orelha...
geme no seu ouvido.

Ela finca as unhas nas costas dele,
cada vez mais fundo...
mas ele não sente dor.

Ele a penetra,
cada vez mais forte...
mas ela também não sente dor.

É o fogo primero.
A fúria primitiva.

Aquilo que não
se consegue segurar.
Dor e prazer misturados.

E os dois juntos,
fazem Amor.

Ali no escuro do quarto,
eles se entregam...
se devoram...
se consomem.

E não importa o mundo lá fora.

Imagine...
você pode imaginar?

Denis Correia Ferreira.
O Poeta das horas vagas.
06,07/07/2007~16:41

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