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IMPOSSÍVEL DESEJO

Impossível, desejo,
Negação absoluta –
Impulso regido,
Pelo ócio

Caminhamos, do nada,
Nem para isso:
Corpo quadro,
Carne parede

O cigarro, é constante,
A borra caída – e a vida,
É repetição,
Tornando-se doença

Apelo, ao poema, o grito, mas
A poesia, não se dá nem partilha
O pessoal

Oh, primaveras, perdidas,
Nos amarelos, da fotografia!
Álbum
De família – cadáver

Queimei os dedos,
No cigarro – «serenal»,
Exigindo lugar onde, nada
Ou criança, morta

E só a janela nos fita, o
Escárnio e a pele macilenta,
Quando, no
Espelho, olhamo-nos de esguelha –
Na repulsa conformada

E até sei de cor, os cheiros,
Deste quarto – conheço-lhes, o palato,
Seus poros
Fundindo-se, na carne,
Na parede morta, nos
Dedos massacrados,
Pela continuação, das navalhas,
Das ampolas, de
Líquidos anorécticos

(A lâmina reactivando, restos
De mim, no éter da palavra, adormecida)

E, então, subimos,
Subimos, mais alto, até ao outro,
Que não nós – conhecidos

E vestimo-nos,
Mascarando-nos de outro sangue – galgos,
De argila

Impossível, desejo,
Negação absoluta – e um corpo,
Que reclama, o direito
À realidade, das
Frestas dominantes,
À transmutação,
Da madeira

Acendo o cigarro, de
Novo,
Constante, cigarro –
A borra
E a vida, assim,
Caída

In A Cidade I (O Membro)
Jorge Humberto

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sábado, fevereiro 11, 2012 - 10:57

Poesia :

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Jorge Humberto

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