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INDIGNAÇÃO
INDIGNAÇÃO
M.E.R.D.A. é um movimento eleitoral,
Que existe neste nosso Portugal,
Marcado no tempo há trinta e tal anos,
Cujo pai tem um nome que se chama ânus,
Tem a sede no português parlamento,
É uma grande merda de movimento.
Tem o M. de movimento e fica bem,
Tem o E. de ecológico também,
Tem o R. de verdadeiro radical,
Tem o D. deste movimento de Portugal,
Tem o A. de Ânus que é cego e surdo,
Mas nem sempre é mudo.
Como já tem muitos anos já não cheira a nada,
Este movimento é uma promessa falhada,
Desde a direita à esquerda, mal cheirosas,
Com símbolos de setas, foices e rosas,
Que nos deixam de calças na mão,
E não nos deixam levantar do chão.
Como tenho votado neste movimento,
Já não tenho nada no meu pensamento,
Que me tirou tantas e tantas alegrias,
Roubaram-me tudo, é um ver se avias,
Estou tão triste que já não sei o que fazer,
Só me apetece do meu Portugal desaparecer.
A M.E.R.D.A. já me conspurcou a memória,
Do meu pais já enxovalhou a sua história,
Deram-me a democracia, tiraram-me a ditadura,
A vida que este movimento me deu é tão dura,
Já não há quem tenha emprego ande a esmolar,
Estou baralhado, já não sei em quem votar.
Só me resta a minha indignação agora,
Têm tudo, comem à minha custa e não se vão embora,
Reformam-se muito mais cedo do que eu,
E nenhum deles ainda se indignou ou se arrependeu,
Desta vil e tamanha desigualdade,
Que me vai tirando a minha dignidade.
Peço perdão por esta indecorosa palavra,
Mas ela existe é para ser falada,
Quando o que temos em casa nada presta,
E por isso agora só me resta,
Através dela mostrar minha indignação,
E pedir a quem este poema ler, perdão.
Tavira, 23 de Abril de 2012-Estêvão
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