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Insónias

O conceito atribulado de medo dado a toda uma geração, corrompe a criatividade e o individualismo (mas isso já toda a gente sabe, não é?). Ser um alto estatuto de quem teve tudo de mão beijada e na hora das promessas dadas – tens que ser o melhor, dar mais de ti, fazer por ti – e concretizadas, vês que és uma mísera gota no oceano. Depois, levam-te em considerações absurdas - tens de continuar, encontrar um equilíbrio, se não fazes és nada e o que fazes não mata.

O cansaço mortífero, a frustração instalada no peito, os dias pesados que correm e continuam infelizes, mesmo depois de tanta luta. E o que dizem – a vontade é pouca, os sonhos só são sonhos, a realidade alia-se aos teus limites e os teus limites são impostos. E ainda te falam que o idealismo mata, que é loucura instalada da pessoa que foste e não és mais.

Toda uma geração pronta. Calada por outros tempos, deixada na correnteza sem nada que a faça emergir. Não há solução, só aceitação. E neste ciclo vicioso, mais que nunca se sofre. Da dor de não saber quem é e o que vai ser. E as escolhas que são traçadas sem opção, entre uma diversa panóplia de estatutos, levada a acreditarem que a esperança existe. Que a vida sorri a quem segue a sua estrutura. Ou sorri de mascara posta.

Mas que limites são estes? Que deixam à porta o que podia ser simples, que te tratam como formiga trabalhadeira prestes a ser pisada. Nós somos nada, concretamente, nada. Vivemos cegos pelo deleite humano, somos obrigados a isso, queremos fugir mas não podemos. Até que acabamos por abarcar essas ideias, lançar a âncora, ainda que o barco esteja já no fundo e enterrarmo-nos ainda mais. [toda esta liberdade não é mais que uma miragem]

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segunda-feira, março 15, 2021 - 14:49

Poesia :

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Anaamorim

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