CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Isolado
Um monte de palavras que não se encaixam
Nem dão sentido ao que se sente, nem ao que sinto
Nem dizem com eficácia a falta dela
Um monte de textos, de leituras, de questionamentos...
Tudo o quanto mais vier, tanto mais deixa de ser interessante
Conto os passos como o ancião conta os anos que lhe faltam;
Já não estou alerta, nem faço careta de “não gostei”
Já não estou pronto a experimentar, a negar e a esquecer
Tenho o que não me tem
Ainda que enforcado e descartado, não me tenho
Estou jogado ao lado de fora das ideias produtivas
E estas balbuciam ao meu lado são as inverdades do mundo exterior
Transformam-se as legendas em realidade e o que se ouve é novo e não importa
Rastilhos de enigmas a culminar no barril dos conceitos prontos:
Um prefácio à releitura das obviedades de quem é soberano em sua inconstância
Um monte de palavras e nada vinga;
Vejo-a, ouço-a e admiro-a sem nada ver, ouvir nem admirar
Na esquina do esquecimento dobrei e segui pela via da indiferença
-Um desenho, quem sabe?!
Desfaz-se outra tentativa de tentar sem conseguir
Recorro às cores possíveis de se enxergar e pareio com o branco do impensado
E fico a pensar sobre as dimensões, profundidade e perspectiva porém, nada sai de mim para o nada
Transportes inalcançáveis e prerrogativas sensibilíssimas em nada mudam a falta de exatidão
As ideias, ao contrário de mim, persistem
Lamentando por mim e querendo que eu seja diferente de como sou,
Agridem.
As marcas por debaixo das marcas,
os novos sorrisos,
as mesmas lágrimas a reutilizar as desculpas de sempre para se chorar
São iguais e também não mudam
Por eu não querer, por eu não agir e por fazer o mesmo repetidas vezes
Um monte de palavras, de cadernos e anotações nunca anotadas
E em vez de laborar um texto com a singeleza que a descreve, descrevo-me
O ensaiado desfecho,
o aceno,
a partida.
Sou a parte que foi e não encontro,
senão na parte que agora é um começo a ser começado
e terminado.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1511 leituras
Add comment
other contents of robsondesouza
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Desilusão | Semblante | 2 | 551 | 02/06/2010 - 02:32 | Português | |
Poesia/Dedicado | Ajuda-me | 4 | 513 | 02/05/2010 - 18:17 | Português | |
Poesia/Tristeza | Terror visto de outra faixa | 3 | 439 | 02/05/2010 - 16:09 | Português | |
Poesia/Aforismo | Partícipe | 3 | 412 | 02/04/2010 - 10:51 | Português | |
Poesia/Aforismo | Eu-Lírico, Eu mesmo | 5 | 469 | 02/04/2010 - 10:49 | Português | |
Poesia/Tristeza | Teste: Refaço-me enquanto destruo | 3 | 801 | 02/03/2010 - 03:13 | Português | |
Poesia/Geral | Hoje- A data irretocável | 2 | 437 | 02/03/2010 - 01:26 | Português | |
Poesia/Meditação | Sujeito indeterminado | 1 | 3.021 | 02/03/2010 - 00:33 | Português | |
Poesia/Tristeza | Vã permanencia | 2 | 574 | 02/01/2010 - 02:56 | Português | |
Poesia/Dedicado | Temo! | 2 | 513 | 01/31/2010 - 19:53 | Português | |
Poesia/Tristeza | Alegoria à carência humana | 4 | 879 | 01/30/2010 - 11:12 | Português | |
Poesia/Comédia | Entretanto e Porém | 2 | 557 | 01/30/2010 - 10:58 | Português | |
Poesia/Desilusão | Para criança dormir | 2 | 659 | 01/29/2010 - 01:26 | Português | |
Poesia/Alegria | Rês de Três | 1 | 681 | 01/28/2010 - 22:27 | Português | |
Poesia/Meditação | Sopa de informações | 4 | 290 | 01/27/2010 - 19:43 | Português | |
Poesia/Meditação | Estado de desatenção provisório | 4 | 680 | 01/27/2010 - 19:42 | Português | |
Poesia/Tristeza | Tapa-olhos | 2 | 962 | 01/27/2010 - 19:41 | Português | |
Poesia/Tristeza | Vago | 3 | 574 | 01/27/2010 - 19:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | Pseudo-isolamento | 0 | 1.992 | 01/18/2010 - 16:46 | Português |
Comentários
Labirintos
isoldado
no labirinto das palavras
do qual pode ser difícil
encontrar o trilho certo
- fácil é perdermo-nos
difícil reencontrarmo-nos.
e a vida é sempre um
uniVerso de emoções díspares.
Um abraç0o!
Abilio