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Fulgir ao esconderijo mais recôndito
Abrir a ferida que sangra o verso
Esculpir ali a dor fremente eco
E nas lágrimas que pranto derrama
Sufocar a paixão e sofrer lânguido
Ouvir o tonal reboar melancólico
Cuspir o cancro rijo que fana
Sentir o beijo gélido e profundo
Descobrir o véu que esconde
As páginas que não foram escritas
E brotar da palavra sangue o rito
O incipiente desfecho do que porvir
Na brisa se espalha e nada trará
Fechar o corpo, fenecer a esperança...
David Beat
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Comentários
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Muito bom te ler. Linda a tua poesia. Parabéns!