Levo-te…

Levo-te leve às levadas onde lavas as lavas incandescentes.

Parasitas ardentes entre os dentes do teu sexo anexo ao meu.

Céu torto é o aborto do teu tesão morto neste horto não.

Poderia chamar-te rainha quando me encornas.

Senhora quando me adornas de escoderijos.

Poderia chamar-te vaca quando me amas e pastas pelas ervas do meu corpo.

Flor quando me abandonas nas tuas beiças impudicas.

Poderia atirar-te pedras quando me olhas o focinho triste.

Espetar-te a faca de carne que amolas entre as estrumeiras das tuas mãos.

Poderia tirar-te a roupa se não estivesses assim tão nua.

Insulto-te com beijos obscenos.

Com silêncio e outras sombras.

Mando-te pró orvalho com acenos escanifrados.

Come o fogo dos prados onde eu te como.

Deita-te para seres o prato da minha lazeira.

Levo-te e vens-te.

Ou ficas e és mordida pelo vento de ficares pra trás.