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Madrugada

Escrevo novamente na madrugada!
São duas e trinta da manha de sábado,
e eu escrevo novamente na madrugada.
Minha cabeça ainda dói, e mesmo assim
eu preciso continuar escrevendo.

Sempre fui poeta. Sempre.
Ainda que minhas poesias sejam pobres,
ainda que eu não saiba poetizar.
Mesmo assim eu escrevo durante a madrugada.

Eu rasgaria tosos os versos meus que
antes de te encontrar se atreveram a existir.
Eu já os rasguei todos dentro de mim.
Agora estou madrugada adentro me reconstruindo,
e sendo apenas tua. Como não deveria!

Antes de ti não era vida a vida que eu tinha,
eram apenas delírios, era apenas poesia.
Agora tudo é diferente.
Os sonhos não são sonhos.
E a vida é finalmente vida.

Por isso eu escrevo madrugada adentro,
é que espero ansiosa o alvorecer chegar,
porque ele trará consigo a tua presença,
e eu serei feliz como só a teu lado eu poderia estar.

Estou madrugando essa vazia madrugada,
estou esperando o alvorecer chegar.
Eu ansiosa e trêmula,
eu que sem você não sei descansar.

A madrugada me faz companhia na tua ausência,
e também este papel onde escrevo eu desnudada.
Assim, vou me escrevendo nesta fria madrugada.
Já era para eu estar dormindo. (Cama Vazia!)

Não consigo dormir.
Não quero.
Preciso continuar escrevendo. Preciso.
Assim as horas se esvaem até a sua chegada.

De repente, na sua falta,
até as palavras fogem de mim.
Mas é assim que eu te amo.
Na presença, na ausência, na partida, na chegada.

- É esse amor proibido vou relatando
nesta triste e fria madrugada.

Por Lilly Araujo-Direitos Autorais Reservados.

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terça-feira, março 29, 2011 - 18:06

Poesia :

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LillyAraujo

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Comentários

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Madrugada

Mais um lindo poema seu, embora triste, gostei!

Meus parabéns,

MarneDulinski

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