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MAR ABERTO

Na praia, deixo a água tocar meus pés
quantos dias, desde as tuas galés?

Grande mar aberto
meu coração é um deserto
em meu peito abandonado

A deriva, nesse trópico assombrado
tombadilho imerso nesse oceando de saudade

Ao longe, na costa, as luzes da cidade
e nenhum farol para me guiar

Apenas eu.
E o mar, como confidente.
Nessa noite somos inocentes

Até que a aurora nos descubra
e nos revele os segredos
que se escondem além da arrebentação

Teria sido em vão
olhar para essas águas durante essa vida
Encontrar um caminho, uma guarida
nas profundezas do teu ser.

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quarta-feira, outubro 1, 2014 - 18:20

Poesia :

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Daniel Kobra

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