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MARIA CHEGUEI!




 MARIA, CHEGUEI!

 

Cheguei da França!

Maria estou em casa.

Então vens à matança

Do porco que temos em casa.

Vai chamar a Constança

E também a vizinha Carraça

Vai tu Manel à Merdança

Lá ao pé da seara,

Não sei se tens na lembrança

Das tortas pernas e da sua cara,

Ela vive lá em baixo,

No Vale do Cartaxo

Lembro sim dessa vizinhança

Que mora naquela casa

Haja festa e cagança

E uma lareira em brasas

Chama Maria a vizinhança

Para a festa, estou em casa,

Para assistirem à matança,

O porcos está na brasa.

De noite vem a pujança

Maria estou em brasa

Calma Manel da França

Que ainda há gente em casa

Ui Maria que festança

Que saudades da coisaça

Agora sim, vim da França

Já sei que estou em casa

Manuel faz com fartança

Acaba com esta brasa

Sim Maria da lembrança

Parece que tenho asas

Tens na cabeça uma cabrança

Tal como as nossas cabras,

Vem, Manel, avança,

Apaga estas brasas

Que dizes mulher mansa?

Já não me sinto em brasa

Vou – me embora para a França

Aqui não faço nada.

Não foi por essa dezança

Que há pouco te ditava

Ainda queres voltar para a França?

Homem tem juízo eu brincava

Deixa vir a bonança

Que entre na nossa casa

Com a nossa dinheirança

Vamos fazer nova casa

Acaba com essa zangança

Anda para a cama estou em brasa

Vamos outra vez para a festança

Tu Maria és danada

Vamos à nossa brincança

Penso para mim na cornaça

Se é verdade de vingança

Oh! Deixa lá a sua falaça

Eu também lhos pus em França

 

 

 

2003 - Estêvão

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domingo, junho 3, 2012 - 11:37

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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