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Marialva

“Sorve uma a uma, as palavras da minha boca
Bebe as minhas palavras como água
Na tua boca elas sabem a sangue

Sorve uma a uma, as palavras que falo
Bebe as minhas palavras como vinho
Da tua boca elas soam a mentira”

Não há conversão possível para este homem condenado
Estagnado no meu pecado, eternamente preso à minha dor

Arremessado até teu coração,
Aliciado pelos teus olhos,
Eu antecipei a minha danação

Vendi-te minha alma,
Entreguei-te a minha carne,
Deixei de ser sem qualquer objecção

Desde o princípio soube quem tu eras e tuas intenções.
Nunca tive dúvidas numa melhor morte do que tu

Fui seduzido e seduzi
Tu terminarias a dor
Como poderia eu recusar?

Agora irás provocar-me outra vez e eu morrerei
E estamos ambos satisfeitos.
Para expiar os meus pecados tive de acabar com a minha vida.

em Homines:abaddoN, 2002
traduzido do original em Inglês

Inspirado de certa forma pela Lenda da Dama de Pés de Cabra.

O meu mais sincero agradecimento a quem tem comentado.
Saúde.

Submited by

sexta-feira, outubro 23, 2009 - 14:12

Poesia :

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Ishmael

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Comentários

imagem de Ana_fm

que magnifico

que magnifico poema...

 

ate mais,

ana fm

imagem de jopeman

Re: Marialva

Sorvi o teu poema
Gostei
Abraço

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Marialva

Gostei imensamente desta poesia!

Parabéns,
Abraços,
REF

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