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Minas
Que os fins justifiquem os meios*,
que eu me dispa de todos os receios
e que do ouro das Minas
eu afaste as mãos assassinas.
Que eu seja como Dirceu
(quase épico Odisseu),
poesia e armadilha
para o amor de Marilia.
Que nas Serras eu disperse a bruma.
E veja, Lorca, "La Luna"
tingir de prateado
esse sonho reprisado.
Que os deuses me favoreçam
e que os Homens não me esqueçam.
Que eu complete essa Mandala,
que me espera na ante-sala.
Que eu reponha
os Altares dourados;
e os sonhos roubados
por exilios forçados.
E que os "Profetas de Congonhas"
revivam suas faces tristonhas
e me vejam restaurar o Gênio das Minas,
enfim liberto das vestutas cortinas
que separam o que dizem ser História
daquilo que viceja na memória.
* enunciado creditado a Maquiável, em "O Principe".
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Comentários
Re: Minas
Olá Fábio
Um belo poema, versos excelentes
Parabéns!
Beijinhos no coração
Re: Minas
Um poema com arte, razão e sentimento!!! :-)