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Não consigo escapar do seu fantasma
É o fim de um dia de muito frio
E parece-me que ouço sua voz
Sussurrando palavras ao meu ouvido
Quando mais quero te esquecer.
Em mim uma solidão cruel
Que me faz pensar nos dias bons
Em que tinha o amor em seus olhos
E onde eles estão agora?
Não consigo escapar do seu fantasma
Da sua imagem surreal
Que atormenta o meu espírito
Tão combalido pela sua ausência.
Fecho os olhos e só quero esquecer
Essa dor que rasga o meu peito
Então sinto o toque suave do vento
E suas mãos estão acariciando meu rosto.
Nunca conseguirei esquecer a sua imagem
A sua forma singela de amar
Tudo que um dia me fez sentir
Não posso do meu peito, arrancar.
Vou tentar dormir agora
Cobrir o meu corpo do frio que assola lá fora
E tirar você do meu coração
E sufocar a dor que me tortura por dentro.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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