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NÃO SEI SE SEI

Não sei se sei

 

 

Se a minha mente me afirmasse se é verdade o que eu vejo,

Esta seria a minha grande vontade e o meu maior desejo,

Mas, como ela por vezes a mim próprio me engana,

Já não sei se o que vejo é mesmo realidade, penso que me trama,

E assim, entro em dúvida porque já me tem enganado,

E já não sei se estou certo ou se estou a ser por mim ludibriado.

Eu que pensava que o que os meus olhos mostravam era de acreditar,

Mas afinal, já não sei se o que o vejo se é verdade, começo a hesitar.

O que eu vejo outros certamente conseguem ver de maneira diferente,

Por isso acredito mesmo que a minha memória me engana certamente.

Se eu olhar para qualquer objecto, vejo – o sempre em perspectiva,

Vejo sempre a sua própria forma fora da realidade, é distorcida,

Pois ele pode ser quadrado mas eu vejo – o com lados desiguais,

Portanto, a minha mente nunca detecta o objecto com as formas iguais.

Assim, chego a pensar que na verdade ele existe, mas não é verdadeiro,

Portanto, também penso que a realidade não existe, o cérebro é embusteiro.

O meu cérebro é um grande actor e também um grande ilusionista,

Porque me mostra todas as coisas duma forma que não está prevista.

Pois medito muito sobre esta matéria e penso, afinal a ciência tem razão,

Todos vivemos da aparência metidos numa grande ilusão,

O que é feio pode ser bonito e o que é bonito pode ser feio,

E assim vou vivendo sempre na dúvida, já de falar eu receio.

Já sei, já aprendi, só posso falar do que eu sei, para não poder errar,

Falei desta matéria que não sei mas do que sei também me posso enganar.

Ai que coisa tão esquisita, onde é que eu me fui meter,

Se eu não percebo desta matéria porque é que eu a fui escrever?

É apenas curiosidade, gosto de pensar, escrever, para depois discutir,

Se o que penso está errado ou se tenho que me corrigir.

Gosto de pôr o meu cérebro a pensar para não se tornar preguiçoso,

Mas também não quero pensar que por pensar eu sou vaidoso.

Vaidoso nunca fui mas gosto sempre de pesquisar para poder aprender

 Pois há uma ambição que eu tenho, é enriquecer sempre o meu saber.

 

 

 

Tavira, 20 de Setembro 2009 -  Estêvão

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quarta-feira, janeiro 23, 2013 - 10:54

Poesia :

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José Custódio Estêvão

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