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Na esplanada
Numa esplanada decorada de belas flores,
Onde ignoram guerras longínquas do Oriente,
Sentam-se, impalpáveis, lançam de amor odores
Ainda concebidos nas noites, no presente.
As orquídeas são lascivas abrindo as coxas,
Oferecendo altares, onde o assassino dança,
Deixam as pétalas mimosas, róseas, roxas,
Que saciam corpos moles sem alma e esperança.
Deprimido, acompanhado só pela loucura,
Que determina o estado instável dos nervos,
Eu regozijo com promessas na noite escura,
Serem sempre nos prelúdios obscenos, servos.
Os risos são harpias, roçando no meu rosto,
Tingido de insolúvel tédio nas conversas,
Só lúbricas imagens temperam antigo gosto,
Quais virgens vestais se convertem em perversas.
Duas línguas nervosas buscam toda a arte,
Como numa luta de serpentes, se enrolando,
Esperando que sucumba, uma, noutra parte,
E finjo haver nos versos bocas me beijando.
Escavam túneis secretos, transbordam lagos
De transparentes águas, caindo em cascatas,
E como acendem lâmpadas, chupões, afagos
Trocam-se, como gado, velharias baratas.
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Comentários
Re: Na esplanada
(...)Duas línguas nervosas buscam toda a arte,
Como numa luta de serpentes, se enrolando,
Esperando que sucumba, uma, noutra parte,
E finjo haver nos versos bocas me beijando...
Belo poema, adorei ler e esta parte então está espetacular!!! Abraço