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Nausea de amar
Consigo ver as palavras que me ferem.
Cortam-me como quem se corta sem querer
Abrem feridas como é óbvio que vai acontecer.
Profundas camadas entre a epiderme
esgotam o sangue que cai sobre o nada.
Promessas verbais que se embotam
E deixa-me apática.
Apatia súbita que se sujeita à vontade das lágrimas
Aquele líquido que sai da vista quando o coração sente a náusea de amar.
Ele não contraria a verdade,
Pois ele ama e não se liberta dessa vontade
Mas, tal brio que se esvai por vezes
Deixando uma batalha entre as fibras,
Aquelas que se contraem e relaxam
E o abstracto da mente.
Altercam de forma acre
Mas nunca se impulsionam ao ataque.
Para quê?
Sabem bem, muito bem que podem lacrimejar,
Darem-se por ofendidos mas eles sabem-na bem!
Sabem bem esta representação fiel um ao outro,
Tão bem que a mente não deixa de pensar que se segue à fidelidade
Como o coração não deixa de bombear por estes valores.
Ahhh.
Eles sabem! Sabem-na bem.
Para quê?
Para quê mais uma dor ao espirito? Para quê?
Pois é! Olhem! Olhem as vossas figuras deprimentes
Que deprime a imagem e a mim a alma!
Vejam! Vejam estas coisas sem sentido!
Pois é. Fiquem em turpor por essa vossa irracionalidade
Quando em tudo tendes a resposta.
____________________________________________________
Autor: Ana Pinto
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Poesia :
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Comentários
Re: Nausea de amar
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)
Re: Nausea de amar
"Para compreendermos o valor da âncora, necessitamos enfrentar uma tempestade."
(Eleonor L. Dolan)
Muito bom. Abraços.