CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Noites com Caína
Naquela tarde tu usavas um belo corpo,
Lembrava das penas aos cabelos
E dos ventos que assopravam a noite com a lua
Alheio ao salve seja repartido espargido
Amei Caína jogado nas gramas e debaixo da chuva,
Amei Caína como um louco,
Naquelas noites fomos ébrios por toda a vida,
Apaixonados nos verões sagrados,
Sagazes, tal qual petulantes
No torcer nu dos dedos abarcados em dorsos
De mares gregos até os pântanos
Não me sai nunca da cabeça a febre que tive
Por deixar escapulir os beijos de Caína.
Naquela hora deus cuspiu-me o rosto
E esfolou-me por inteiro
Com sua rasteira bêbada
Na costura de franzinas canelas tristes
Gostava de quando me olhava longe do casto
Para que revólveres e ramalhetes de abdomens
Sugassem das blandícias
Simples arrepios da alma
Era uma vez o assim que matei-me
Por matar-meamar-me em Caína
Com Caína.
A sorte malvada silencia o canto de meus choros
Por isso sofro feio.
Caminhávamos num sono de sexta feira,
Passavam por nós os rostos “tantos” das calçadas
E das poças d’água
O mundo caiu
Os pássaros sussurraram seu nome em suas asas de ida
Por um tempo Caína escorreu pelas minhas mãos.
Eu me esqueci
E quando acordei no espaço debruçado no universo
As letras
Eram como se escritas à mão de tão tímidas e brincalhonas
De tão tímidas e brincalhonas.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1744 leituras
other contents of Alcantra
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Duas paredes | 0 | 970 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sede dos corpos | 0 | 896 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O lixo da boca | 0 | 933 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Virgem metal | 0 | 2.272 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Carne de pedra | 0 | 911 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Fim avarandado | 0 | 1.085 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Dentro do espelho | 0 | 835 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Um destroçado sorriso | 0 | 913 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Anestésico da alma | 0 | 1.571 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Fita laranja | 0 | 1.090 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Caro insano tonto monstro | 0 | 594 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Assaz lágrima ao soluço | 0 | 646 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sítio da memória | 0 | 945 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Aeronave de Tróia | 0 | 1.150 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Barro frio | 0 | 1.069 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Lutolento | 0 | 1.411 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Não | 0 | 787 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Da vida não se fala... | 0 | 676 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Jesuficado | 0 | 843 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O carisma do louco | 0 | 1.159 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O sonho é a visão do cego | 0 | 825 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Manhã infeliz | 0 | 1.029 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O veneno da flor | 0 | 598 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Olhos | 0 | 943 | 11/19/2010 - 19:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Silêncio esdrúxulo | 0 | 862 | 11/19/2010 - 19:08 | Português |
Add comment