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Notas para o Verme Interior

As anomalias do meu cérebro,
Resguardam tal qual Cérbero,
Todo inferno neuronal deficiente,
Que congrego, mais uma vez, doente,

A este assomo poético inexperiente,
De caráter goético e inexistente.
Pois meu sangue lírico é agramatical,
Um corpo sem signos, errante e espectral,

Que repete a dicotomia da tristeza,
Frente ao descaso, com assombro e destreza.
“Se retrato a vida funesta como beleza primeira,
Certamente sou o monstro da Moral rameira.”

(...)

E assim meu esqueleto segue amargurado,
Porém sem medo de ser o último significante representado,
Nestas Memórias Póstumas destinadas à deterioração.
Afinal, a morte tem a própria morte como redenção!

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segunda-feira, novembro 9, 2009 - 20:29

Poesia :

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malentacchi

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Comentários

imagem de MarneDulinski

Re: Notas para o Verme Interior

Nestas Memórias Póstumas destinadas à deterioração.
Afinal, a morte tem a própria morte como redenção!
LINDO POEMA, MEUS PARABÉNS!

imagem de gladysgimenez

Re: Notas para o Verme Interior

Desesperança? desilusão? O tudo e o nada! Fantástico!
Se vivo fosse Machado de Assis sorriria. Abraços
ggiménez

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Notas para o Verme Interior

Um belo poema.

Um abraço,
REF

imagem de lau_almeida

Re: Notas para o Verme Interior

lindo poema:D
beijinho*

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