CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Notre Dame
Santa inteligência tacanha
que quanto mais apanha,
mais se mostra bisonha
nessa cara risonha.
Nascido burro,
feito a tapa e a murro,
sigo a minha sina
de ser o bobo da esquina.
O corcunda que ama Esmeralda
e que a incontinência obriga à fralda.
O sineiro da Catedral.
A face do Mal
etecétera e tal.
E, no entanto, avisto Acácias.
Sorrio, quando tu passas
e me comporto dentro do esperado:
sou o bonzinho retardado.
Alguns me chamam de Milagre;
outros, de filho do Padre.
Nada que me desagrade,
pois no fim, chamam-me de Compadre.
E assim vou indo.
Corcunda retardo
e leso do pensamento tardo.
E metido a poeta
como se a palavra
se desse a qualquer um ...
Não que Ela se me oferte.
Eu a roubo no dicionário
e construo certo hinário
que transporta o que não veem,
mas que sei que aqui tem.
O lápis me nivela,
algum som me revela
e tomara que a flor amarela
mostre-lhe que a fealdade
é de toda a Cidade.
Construimos muro e avenida,
mas matamos a vida.
Galopamos à toda brida,
mas é inútil toda investida.
Breve, estaremos de partida.
Algum deus anseia por nossa saída.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 716 leituras
Add comment
other contents of fabiovillela
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Prosas/Outros | Voltaire e o Iluminismo francês - Parte V - Cândido (o Otimismo) | 0 | 1.201 | 09/20/2014 - 22:37 | Português | |
Poesia/Amor | Poema do amor exagerado | 0 | 1.353 | 09/18/2014 - 02:20 | Português | |
Prosas/Outros | Voltaire e o Iluminismo francês - Parte IV - Ensaio sobre os Costumes | 0 | 1.435 | 09/15/2014 - 15:15 | Português | |
Poesia/Amor | Reflexos | 0 | 677 | 09/14/2014 - 16:56 | Português | |
Prosas/Outros | Voltaire e o Iluminismo francês - Parte III - Carta sobre os Ingleses | 0 | 963 | 09/12/2014 - 15:58 | Português | |
Poesia/Amor | Amanhecer | 0 | 1.383 | 09/11/2014 - 01:30 | Português | |
Poesia/Geral | O Passarinho | 0 | 454 | 09/09/2014 - 23:16 | Português | |
Poesia/Amor | Areia | 0 | 984 | 09/08/2014 - 14:30 | Português | |
Fotos/Artes | Filósofos Modernos e Contemporâneos (Pré Lançamento) | 0 | 7.556 | 09/07/2014 - 16:54 | Português | |
Poesia/Geral | O Dia da Independência - 7 de Setembro (republicado) | 1 | 749 | 09/07/2014 - 15:11 | Português | |
Prosas/Outros | Voltaire e o Iluminismo Francês - Parte II - as Obras | 0 | 1.190 | 09/06/2014 - 16:35 | Português | |
Fotos/Artes | Adaptação de OS LUSÍADAS ao Português atual | 0 | 2.763 | 09/06/2014 - 01:46 | Português | |
Fotos/Artes | Deusas e Deuses Hindus - Resumo Sintético | 0 | 4.255 | 09/05/2014 - 00:19 | Português | |
Fotos/Artes | Livro Solo - Onomástico das Personagens e Lugares Bíblicos | 0 | 2.504 | 09/05/2014 - 00:06 | Português | |
Poesia/Amor | O Verso | 0 | 1.072 | 09/02/2014 - 23:08 | Português | |
Prosas/Outros | Voltaire e o Iluminismo francês - Parte I - Preâmbulo e notas biográficas | 0 | 1.331 | 09/01/2014 - 21:09 | Português | |
Poesia/Amor | Odisseia | 0 | 737 | 08/30/2014 - 21:06 | Português | |
Poesia/Geral | Basta-me | 0 | 1.441 | 08/29/2014 - 23:41 | Português | |
Prosas/Outros | Spinoza e o Panteísmo - Parte XIV - Considerações Finais | 0 | 2.324 | 08/28/2014 - 22:53 | Português | |
Prosas/Outros | Spinoza e o Panteísmo - Parte XIII - O Contrato Social | 0 | 1.388 | 08/28/2014 - 19:22 | Português | |
Prosas/Outros | Spinoza e o Panteísmo - Parte XIII - O Tratado Politico | 0 | 1.365 | 08/26/2014 - 16:45 | Português | |
Poesia/Tristeza | Menino de Rua | 1 | 729 | 08/26/2014 - 03:39 | Português | |
Poesia/Dedicado | Mestre Vitalino | 0 | 1.471 | 08/25/2014 - 23:10 | Português | |
Prosas/Outros | Spinoza e o Panteísmo - Parte XII - A Imortalidade e a Religião | 0 | 424 | 08/22/2014 - 15:41 | Português | |
Prosas/Outros | Spinoza e o Panteísmo - Parte XII - A Imortalidade e a Religião | 0 | 804 | 08/22/2014 - 15:41 | Português |
Comentários
Re: Notre Dame
Fábio,
"O lápis me nivela,
algum som me revela
e tomara que a flor amarela
mostre-lhe que a fealdade
é de toda a Cidade."
Tomara que o lápis, o som, a flor enfim continuem nivelando sua inspiração!
Gostei muito!
;-)
Re: Notre Dame
fabiovillela!
Notre Dame
Construimos muro e avenida,
mas matamos a vida.
Galopamos à toda brida,
mas é inútil toda investida.
Breve, estaremos de partida.
Algum deus anseia por nossa saída.
Gostei, lindo!
MarneDulinski