nox

Não durmo há mais de um dia,
Outrora jovial,
Levava a celeste noite como um caiaque a desbravar rápidos.

Encaro-me no fechar dos olhos
Sob o pesar soturno
De tanto ou nada pra fazer.

E carrega-se o dia,
Pesado.
E,
eu,
Vou d'arrasto.

E mesmo que brilhe o sol,
As farsas mundanas me despertem os sorrisos
As músicas me levem nas horas,
Corrompida vou
Por um pesar.

Meu corpo,
Mente,
A réstia de força.

O amar a noite,
Mas ter de ser dia.

Aqui, somos só um produto,
A forma formatada
O passo de um passado
A falsa espera do nada,
E no nada está o que vem prá frente:
Um dia.