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O Último Guerreiro
O ÚLTIMO GUERREIRO
Jorge Linhaça
O velho indio olha ao redor o horizonte
E se pergunta onde estão os bisãos que caçava
Se pergunta onde estão as tendas de seu povo
Se pergunta pelas pastagens verdejantes
Não ve mais as manadas de cavalos selvagens
Nem a classe orgulhosa dos guerreiros
as trilhas de caça são apenas lembranças
seus descendentes perderam o orgulho
o que ele ve agora são indios brancos
o orgulho substituido por litros de alcool
os guerreiros vivendo de esmolas do governo
as tendas hoje são cortiços infectos
os que tem dinheiro renegaram a sabedoria ancestral
Se poluiram com os defeitos dos brancos
Seus ancestrais caçavam para comer
Guerreavam para se defender para mostrar bravura
Hoje lutam por garrafas de wisky
A avidez pelo dinheiro superou a simplicidade
O respeito á natureza deixou de existir
Hoje são apenas homens brancos de pele -vermelha
O uma lágrima furtiva rola por sua face enrugada
trota mansamente com seu cavalo...
Ergue sua lança em um último adeus
Dá seu último grito de guerra
E cavalga a galope para os campos de Manitu...
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Jorge Linhaca
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