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O brilho dos teus olhos celestes
Vibrei no eco da estrela despida.
Aquela estrela que me ofereceste
numa bandeja de prata, quase elástica,
onde chegava o abraço, galáxia do sentir.
.
Deambulava na tua respiração
pousada numa folha da árvore mais antiga
que habita o oxigénio que dança ainda hoje
no território inóspito da minha ausência.
.
Na planície derretem-se ainda as lágrimas duras
que ao som furioso de um final imprevisto
afogam os sentimentos em cinco pontas de licor.
.
Mergulho nos passos incertos,
as ruelas são gigantes que nadam em labirintos
que gastam demasiados recursos
ao peito, feito armazém de balas despidas.
.
Submerso na saudade,
cega-me a espuma que arde na ponta de um fósforo
talhado em silêncio.
.
Do umbigo assisto ao fogo de artifício
debruçando-me no parapeito do sonho.
Mais um dia que passa,
mais uma noite sozinha esquecida pelo amor.
.
A neblina gela-me os lábios sedentos de ti,
onde só a escuridão derrama charme;
e nem os cinco dedos de uma mão
absorvem o brilho dos teus olhos celestes.
rainbowsky
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Poesia :
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Comentários
Re: O brilho dos teus olhos celestes
Mais um dia que passa,
mais uma noite sozinha esquecida pelo amor.
.
A neblina gela-me os lábios sedentos de ti,
onde só a escuridão derrama charme;
e nem os cinco dedos de uma mão
absorvem o brilho dos teus olhos celestes.
Muito belo poeticamente!!!
:-)
Re: O brilho dos teus olhos celestes
Um texto bastante interessante.
Gostei de ler.
:-)