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O começo do fim
De alguma forma a noite tornou-se solitária
Nem mesmo o som dos pássaros podia ouvir-se
E era possível perceber o silêncio da solidão
Tudo envolto na mais profunda névoa
Por causa de um adeus sem sentido algum.
Ela afirmou ser a vontade de descobrir novos horizontes
E ele sabia que era o começo do fim
E por mais que suplicasse aos deuses do amor
A viu desaparecer na escuridão daquela noite terrível.
Agora é assombrado pelos fantasmas
Pela ausência que sua presença se fazia sentir
Os pensamentos são traiçoeiros
Assim como os laços feito pelo caçador.
Sabe que não adianta chorar as escondidas
Ninguém ouvirá os seus lamentos
A vida passa devagar quando se está longe
Dos olhos que iluminava o seu caminho.
Hoje tudo não passa de uma triste ilusão
E seu coração sabe muito bem sobre isso
Deveria ter seguido os conselhos do oráculo
E evitado ser seduzido pelo brilho daquele olhar.
Resta a esperança de encontrar algum dia
A força para continuar a jornada
Mesmo que seja lutando contra os moinhos de vento
Nas obscuras pradarias do infinito.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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