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O esconderijo da infância

Toda a existência, pesada como chumbo,
Perde o fôlego e o nome
Quando tropeçamos no esconderijo da infância
Onde o tempo ainda brinca descalço
E os medos dormem de barriga cheia.

O mundo inteiro pesa até doer os ombros,
Mas se desfaz em poeira dourada
Quando abrimos a porta esquecida
Do quintal onde enterramos nossos segredos.

A angústia da vida adulta se cala
No instante em que o vento nos leva
De volta àquela árvore torta,
Onde juramos ser eternos.

Quando reencontramos
O esconderijo da infância,
Tudo o que parecia urgente
Se dobra, em silêncio,
Como roupas guardadas por uma avó ausente.

A existência sufoca como neblina espessa,
Mas se dissipa
No instante em que ouvimos, de novo,
A risada que fomos um dia.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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domingo, maio 25, 2025 - 18:11

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Odairjsilva

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