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O Hino Cotidiano (Gabriela Mistral)
Neste meu novo dia
que me concedes, ó Senhor,
dá minha cota de alegria,
faz com que eu saiba ser melhor.
Concede-me o dom da saúde,
a fé, o ardor, a intrepidez,
o séquito da juventude;
e a colheita da verdade,
a reflexão, a sensatez,
séquito da maturidade.
Serei feliz se, ao fim do dia,
um ódio a menos eu sentir;
e se mais luz meus passos guia
e um erro a mais eu extinguir;
se, com minha descortesia
ninguém suas lágrimas verteu,
e se alguém recebeu a alegria
que meu carinho ofereceu.
Cada queda, seja onde for,
que me ensine a reconhecer
todo tropeço enganador
que a vista ruim não soube ver.
E com mais força eu me incorpore,
sem protestar, sem blasfemar;
E minha ilusão a senda doure
E que esta senda eu possa amar.
Que eu dê a soma de bondade,
de atividades e de amor
que a cada ser se manda dar:
soma de aromas para a flor
e de alvas nuvens para o mar.
E que, enfim, o envaidecimento
em sua grandeza material,
não me leve até o esquecimento
de que sou barro e sou mortal.
Que eu ame a todos neste dia,
que a todo custo eu ache a luz.
Que eu ame o gozo, e a agonia,
e a provação de minha cruz!
Gabriela Mistral (1889-1957), poetisa chilena e Nobel de Literatura.
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